quarta-feira, julho 30, 2008

Valezim de Novo na Rota da Igreja

Não é novidade que Valezim deixou de estar na rota da Igreja. No entender do saudoso D. António os caminhos que a paróquia estava a seguir não se cruzavam com os da Igreja, e assim sendo colocou-nos de castigo, como se de putos mimados se tratasse. Mais tarde cá virão ao beija-mão...
Tal obviamente não aconteceu, como tive ocasião de lhe dizer, mas o caminho foi percorrido e passado o período de castigo lá voltamos a ter o privilégio de ter padre. Não por mérito da capacidade de negociação dos nossos bispos antes pelo espírito voluntarioso de outros que arredados andam destas paragens.
Tudo isto para dizer que novamente tivemos a visita oficial de um bispo à nossa paróquia. Nada de novo esperava posso dizer-vos, a não ser um discurso gasto ao bom estilo do Pe. José Carvalheira. Pois enganei-me, assim como estarão ainda enganados todos aqueles que por acharem que é coisa de beatas, não ouviram a homilia do nosso bispo D. Manuel Felício. Um discurso actual, oportuno, perceptível, em que em toda a linha de pensamento enquadrou o homem (os crismandos em particular) nas suas varias dimensões religiosa, humana e de cidadão activo filho de uma região e de uma cultura. Consciente dos problemas da região e da desertificação que a afecta espera-se também que promotor de uma religião de proximidade. Sem esquecer aquela que é a sua principal missão, que a Igreja saia porta fora sem que tropece em anéis ou batinas e abane as consciências e os poderes instalados.